sexta-feira, 11 de março de 2011

História no futebol - Adinamar Abib

Na última quarta-feira (09/03/2011), o treinador Adinamar Abib pediu demissão após constatar durante o jogo contra o Paysandu pela Copa do Brasil, um problema cardíaco que lhe afastaria definitivamente do futebol.

Com o propósito de deixar registrado a passagem deste profissional no futebol, apresento um pouco da história deste treinador e jogador que tanto alegrou os dias futebolísticos dos amantes deste desporto que encanta tanto os brasileiros.

"O início foi no Clube do Remo no final da década de 60. Ponteiro-esquerdo de boa velocidade e chute forte, quando ainda se guardava a posição pela extrema. Fez testes no América, do Rio, voltou ao clube de origem e depois teve rápida passagem pelo Tuna Luso, até que decidiu vir para Manaus e ser bicampeão. Por aqui ficou. Tornou-se treinador e dirigiu quase todas as equipes no nosso futebol.

Adinamar Abib, nascido no Pará em 8 de Julho de 1947, veio pela primeira vez a Manaus como integrante do time do Clube do Remo, numa temporada amistosa em 1966, jogando no Parque Amazonense contra um combinado do Fast-América, empatando em 1 a 1. Nesse tempo, o time paraense jogava com Balbino, Ribeiro, Carvalho, Casemiro, Edílson, Zé Luís, Orivaldo ou Assis, Nélio, Pipico, Jurandir e Zequinha ou Adinamar.

Adinamar em 1968 ainda jogava no Clube do Remo, no tempo de Jorge Baleia, Íris, Ângelo, Jorge Mendonça, Casemiro, Robilota, Amoroso, Birungueta e China, time treinado por Danilo Alvin que teve grande destaque, no Vasco da Gama, depois de revelado no América.

No ano seguinte Adinamar foi tentar jogar no América, do Rio, que ainda um time dos grandes do futebol carioca. Lá seus novos companheiros eram Rosã (goleiro), Paulo César, Alex, Mareco, Renato, Badeco, Edu Coimbra (irmão do Zico), Tadeu e Jeremias. Não se adaptou e voltou a terra natal.

Filho do falecido radialista-humorista Genésio Bentes, o Formiguinha, que atuou por muito tempo na Rádio Baré e depois na Rádio Rio Mar (um de seus fundadores), em Manaus sua estrela brilhou. Campeão profissional em 1970 feito que repetiu em 1971 com a camisa do Fast, que atravessava grande fase sob a direção de Ézio Ferreira. Campeão também da Taça Amazonas de 1971.

O time dos dois títulos mudou: Marialvo ou Zé Carlos, Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola, Pompeu, Zezinho, Parada, Laércio, Afonso, Edson Piola, Ney, Valdocy, Zequinha Paraense, Holanda, Mano, Formiga, Marcos Mascarado, Ivo, Rangel, Barrote, Melo, Paulo Pernanbucano e Simão. Osvaldinho (Osvaldo maia), ex-jogador do América e do Sporting, de Portugal, era o técnico nos dois títulos.

Despedida

A última vez que aparaceu nas escalações oficiais do Fast foi em 05-07-1972, numa decisão contra o Nacional, no Vivaldo Lima, vitória do Nacional por 1 a 0 (Julião aos 30, do 2º tempo), resultado que deu o título ao time vencedor. Adinamar foi substituído no intervalo pelo pernambucano Paulo que, por sua vez, deu lugar a Barrote.

Fast - Marialvo, Hélio, Casemiro, Zequinha Piola e Pompeu; Zezinho e Jorge Cuíca; Mano, Nilson Diabo, Edson Piola e Adinamar (Paulo-Barrote).
Nacional - Borracha, Mesquinha, Jurandir, Fausto Souza e Almir Coutinho; Mauro Vieira e Jorginho Maia; Helinho (Zé Eduardo), Julião, Walmir Coutinho e Reis.

O Técnico

Depois de pendurar as chuteiras, fixou-se em Manaus e se tornou treinador. Andou em quase todas as equipes do nosso futebol profissional: o grande triunfo foi a conquista do bicampeonato como treinador do Nacional 1995/96. Em 2004 este a frente do Fast até o início do returno. Transferiu-se ao Grêmio Coariense, campeão do 1º turno da temporada. março de 2005, voltou ao Rio Negro e continuou em 2006, classificando o time para a série C, dispensado logo depois. Com o gaúcho Luis Carlos Winck, na direção, o Rio Negro não conquistou bons resultados na competição e novamente Adinamar foi convocado para pôr a "casa" em ordem.

Na série C, dirigiu o Rio Negro em 6 jogos, com uma vitória, dois empates e três derrotas.

Na volta a Manaus, depois do jogo de Ananindeua, assumiu a direção do Rio Negro o antigo jogador Mirandinha (Francisco Ernandi Lima da Silva) que reestreou no Rio Negro, contra o Ferroviário-CE, perdendo por 2 a 0, no Vivaldo Lima.

Adinamar, em 2006, assumiu a direção técnica do Nacional."

Texto retirado do livro "Bau Velho" de Carlos Zamith, um desportista e apaixonado pelo futebol.

Após 2006, ainda foi campeão amazonense pelo Penarol em 2010, time que dirigia até saber da tal doença.


Fonte: http://www.bauvelho.com.br/?p=255 (Adinamar Abib é o último jogador agachado da esquerda para a direita).



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